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Assim,
pensando no poder da linguagem, fui levada ao mundo das histórias, mitos, das
histórias que são contadas verbalmente á noite. Na figura da avó. Histórias que
me foram repetidas e sempre ouvidas com assombro, interesse, cumplicidade. As
mesmas que já adulta leria suas interpretações, seu lado simbólico.
E o que são
as histórias? Um poder de transformação que nos chega pelo som [quando contadas],
som que é um conjunto de letras, formando palavras, frases, parágrafos, e,
assim construindo um universo mítico onde as crianças são levadas pela magia, á
reorganizar seu micro cosmo, expandindo sua consciência, recriando seu espaço
interno, ou simplesmente podendo sonhar. As palavras têm o poder de evocar
imagens, [isto é nítido em um livro bem escrito], assim, podemos afirmar que
palavras, sons, criam também imagens. Cientistas já provaram isso, como nas
experiências com água e som, mas por que nós não desenvolvemos o poder de
confiar? A confiança faz parte também neste processo, [por ex...quem conta a
história?]sim, mas isso já é outra história.
Acredito
muito no poder também da nutrição; para sermos saudavelmente criativos [e isso
não implica em ser artista, por que podemos ser criativos em qualquer setor da
vida], precisamos de suficiente nutrição. Assim, devemos nos dar ao luxo de
escolher boas companhias, aquelas que nos estimulam , boas leituras, ver coisas
que nos iluminam. Nossos sentidos vibram quando é abastecido, nosso ser pulsa
quando prova um novo sabor.
Fazer a mesma coisa de um jeito diferente, usar a
palavra como flecha, não para ferir, mas voar com ela.
pintura: Gauguin