sábado, 4 de agosto de 2012

"MAGIA É VIDA. VIDA É MAGIA"




Imaginário. Movimentos que se transmutam, dança música, era uma festa, talvez. E foi quando começou uma conversa meio estranha, ela percebia na sua intenção sorrisos, palavras sedução. –Isso conheço bem. Não vai me seduzir com magia, use seu próprio poder. _ Falou a mulher.

Papo estranho, eu olhei de relance fingindo que não ouvia, como uma exploradora de palavras, cenas, observava para ver onde aquilo iria chegar.
Ele, sorrisos, transparência, rara beleza. Eu olhando. - E o que é magia para você? Perguntou aquele homem tão diferente, algo nele me fazia prestar atenção á tudo que acontecia, quase como se eu participasse da cena.
A mulher bebeu toda taça de champanhe, muito seria olhando nos olhos dele, respondeu: - Para mim a única magia é amor, porque é a única coisa que pode nos transformar. Magia não é também transmutar? Então, amor, e só.

Ele sorria escancaradamente, eu sentia que naquele sorriso a magia não seria necessária para enfeitiçar mulher alguma, mas... Eu era apenas a observadora. Quem sabe um dia aquilo serviria para abastecer algum pedaço de mim?

_Não, e gargalhou profundamente, ele, o homem; e disse: - Magia é vida.  Vida é magia.


Muito tempo se passou desde que ouvi esta conversa, e agora me pego lembrando cada olhar, que não era para mim, cada palavra. E agora entendo. Talvez por que na ausência ou possibilidade dele não estar mais aqui, ele, o outro, de tudo se esvair, como é da magia da vida que as coisas se esvaiam se dilua evaporem e não mais sorrisos não mais conversas nunca mais silêncios plenos nunca mais talvez os brancos o mistério o que ele me revelava só em ser.

A gente só sabe que  vida é magia quando a vida fica por um triz.


PH;; IPOJUCAN





LIVRO DE CABECEIRA



Se as palavras não fossem forjadas como espadas, no aço do silêncio absoluto, já não me interessavam mais.
 Não havia em mim, em você, nos lugares subterrâneos dos encontros entre /- - - - Nada que ousasse silenciar o abstrato das sensações. 

Não havia cores formas delírios signos que dessem conta da densidade de meus maremotos.
Eu existia mutante entre a mulher, a dançarina a artista. Foi quando me lembrei.
Mais já era tarde muito vinho A LUA A PELE, PAPEL, PERGAMINHO,
Um dia volto e quem sabe, .....

IMAGEM; PILOW BOOK