segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Trecho de "Ele era o mar/" MERGULHE NA CONSUMAÇÃO DO AMOR'



SIM. Se existirem enigmas em sonhos, seriam revelados, lentamente. 
Ou não- Pensou. Porque quase tudo tinha que ser entendido?
Prefiro as cores que esvoaçam, criando linhas, abrindo espaços, rasgando o suposto mistério, o que queima a pele que implora por mais.
-Delirios, jasmins, territórios explorados quase á exaustão, e nunca a imagem revelada.
Sim, existirão palavras criando subterfúgios para o imaginário.

Tudo que é criado parte de uma intenção - Será mesmo?_ Letícia se perguntava, naqueles momentos intermináveis que faziam parte de seu dia .
Lá longe, as cores do dia que se esvaia revelava mais.
Ver no outro um reflexo de si mesmo. Reconhecer em seus labirintos o mundo subterrâneo representado pela espiral. Ah! Lembrou_Mesmo sem saber, era isso que eu pintava?

" MERGULHE NA CONSUMAÇÃO DO AMOR' 
Lembrou de uma antiga lenda da Polinésia. Hina, a mulher que vivia no reino abaixo do mar, e percorreu tantos mundos na busca do amor, completamente desavergonhada, procurando a satisfação do desejo.
Nos mitos, a história de cada mulher . Ou da história que deveria reinar a vida dos seres.
Barcos, chegadas, partidas.
Tantas lembranças embarcando seus pensamentos, que Shakespeare logo surgiu:

‘ A substância de que somos feitos é igual à dos sonhos e entre um sono e outro decorre nossa curta vida”.


Era maio de 2010
           

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